quinta-feira, 15 de novembro de 2007

CyberWorld: a máquina, o universo e o homem

No século XXX, uma época muito avançada da nossa, o que predominava era a inteligência artificial e a tecnologia. O que conhecemos hoje, chamadas de pessoas, nesse futuro, tornou-se escravo da máquina, virou servo de sua própria criação:
os robôs.
Nessa era muito diferente da era Cenozóica, a atual, a época Cybernética vivia dominada pela máquina, nem o universo com sua força cósmica e seus fenômenos naturais conseguiam interferir. O homem, predominante no período de agora, foi simplesmente transformado em escravo, diante da força tecnológica.
Na cidade-capital do universo, Tecnocity, reinava o líder do mundo, do espaço e de qualquer alma (se é que existia alma) que ocupasse um lugar na imensidão universal, o temido TechMan.
Ele comandava tudo com mãos de ferro, semelhante a um Senhor de Engenho, mas sem comparação entre aquela época e essa.
O Rei-Máquina tinha três filhos, Evolutech, MetalGirl e MetalWarer. O governante era casado com WebGirl, que só pensava em ir ao salão de beleza trocar engrenagens, parafusos e lubrificar articulações.
A mãe nem ligava para os filhos, que foram criados por sua Amas de Leite, na verdade, de óleo. Elas não eram africanas, mas, sim, humanas, de todas as raças, cores e culturas.
Elas obviamente não produziam óleo, mas faziam grandes mamadeiras desse líquido nutritivo para os robozinhos.
O tempo foi passando e Evolutech, MetalGirl e MetalWarer foram crescendo e se tornado adultos, até que um dia chegou um fato importante, apesar da tecnologia, que fazia os robôs viverem 2500 anos, TechMan já tinha 70% do corpo enferrujado e alguns de seus filhos deveriam sucedê-lo.
Quem decidiria era o primeiro ministro da Casa Civil Rayman Roussef em acordo com o presidente do senado Robocop Calheiros. Eles ficavam divididos entre o bom caráter de Evolutech e na propina entregue por MetalWarer, que era recebido pelos laranjas, ou melhor os “parafusos” de Calheiros, mas descartavam a hipótese de MetalGirl assumir o poder.
Com uma semana de antecedência, todos os convites já estavam entregues a alto sociedade robótica e os preparativos no salão do grande castelo estavam a todo vapor.
A imprensa fazia grande pressão no Rei TechMan para ele revelar qual era seu filho que ele preferia para assumir o poder, se fosse ele quem escolhesse, mas o governante não cedia a pressão e permanecia calado.
Até que finalmente chegou o dia da festa. Os dois filhos concorrentes só faltavam adivinhar o que o ministro da casa civil e o presidente do senado queriam, e eles como bons políticos estavam adorando os desejos concedidos pelos príncipes robôs.
A festa muito luxuosa decorreu bem até a tão esperada hora de eleger o novo rei.
Os convidados estavam eufóricos. Primeiro Rayman Roussef chamou o rei TechMan e pediu que dissesse algumas palavras e o robô aceitou:
- Comunidade Robótica, hoje é um dia histórico para nós. Neste dia, será eleito o próximo governante para os próximos dois futuros milênios.
Passados alguns instantes Robocop Calheiros chamou a Rainha WebGirl, e ela disse somente que fazia das palavras de seu marido as suas.
Então os dois políticos começaram juntos :
- A nova inteligência artificial do mundo será ......POUTHF......... Repentinamente escutou-se esse baque seco e o que os convidados puderam ver que o anfitrião da festa estava caído no chão espirrando óleo para todos os lados.
Passados alguns momentos, a população foi entender que alguém havia atirado contra o rei, que estava seriamente ferido no chão. Ele foi levado ao hospital rapidamente e Robocop Calheiros tomou novamente o microfone:
- População de Tecnocity, nosso querido governante foi seriamente ferido e não sabemos quem foi o autor deste terrível crime a nossa sociedade. Infelizmente, nossa segurança falhou. Estive com ele antes de ir para o hospital e ele me disse:
- O primeiro dos meus filhos que encontrarem e matarem esse criminoso será eleito meu sucessor, faça a minha vontade.
E Rayman Roussef emendou:
- E ela será feita!
Momentos depois chega a detestável notícia de que o pior havia acontecido, o rei tinha acabado de ter sua última queda de energia.
Os dois políticos junto com os três filhos se reuniram, em uma sala, para terem uma reunião à portas fechadas.
Depois que os cinco robôs estavam na sala em certa calma Rayman Rousesef começou a indagar:
- Qualquer um é suspeito pela morte do seu pai, até vocês, por isso quero pedir que me falem aonde vocês estavam na hora do crime?
- Bem..... nós estávamos no salão, foram vocês dois que não nos viram - falaram os três filhos juntos.
- Pois bem – começou Robocop Calheiros – o cargo de inteligência artificial do mundo ficará provisoriamente com nós, até o caso ser apurado e até que alguém de vocês descubra quem foi o autor da terrível morte do rei. Vocês estarão lutando pelo poder, uma luta ardura e difícil pelo trono.
- Metalwarer voltou para seu quarto no castelo e começou a colocar sua perversa mente para funcionar, pensou, pensou, até que teve uma má e criativa idéia, resolveu introduzir um chip controlador na mente de Evolutech, para dizer que o príncipe bonzinho havia cometido o crime, pois mais cedo ou mais tarde descobririam que na verdade era ele que, planejou o assassinato.
O chip não era uma um objeto dentro da lei, por isso o jovem príncipe deu propina a um cientista que ia desenvolvê-lo para MetalWarer dentro de uma semana.
Passada a semana da morte do rei, Evolutech trabalhava exaustivamente para encontrar alguns indícios do “fora da lei” que havia matado seu pai, MetalGirl ajudava-o pois sabia que se MetalWarer assumisse o poder, o universo estaria arruinado.
Naquela noite, MetalWarer buscou sua encomenda retornou de madrugada ao castelo, se dirigindo diretamente ao quarto de Evolutech, abriu a porta sem fazer nenhum ruído, pegou o micro chip e injetou na orelha do príncipe. Saiu contente do quarto pois agora seu trono estaria garantido.
No outro dia, como programado no chip, Evolutech pediu uma reunião com o Ministro e o Presidente do Senado junto com seus irmãos. Na sala, o jovem robô começou a dizer:
- Eu confesso o.......Quando se escuta repentinamente um BAMMH a porta da sala se escancara.
Neste momento, entra o verdadeiro Evolutech acompanhado de MetalGirl e auxiliado pela polícia robótica:
- Você caiu direitinho, MetalWarer, eu sabia do seu golpe, por isso criei um robô “sem vida” idêntico a mim para pegá-lo em flagrante – diz o verdadeiro príncipe ofegante.
- Não pode ser, eu não acredito. Eu posso explicar senhor Ministro e senhor Presidente do Senado....- diz MetalWarer desolado.
- Você não tem que explicar nada - falou Robocop Calheiros.... – podem levá-lo para a prisão senhores policiais.
E assim foi feito, MetalWarer foi condenado a prisão perpétua, por matar seu pai, pelo júri robô.
- Agora podemos pensar em uma nova festa para você, Evolutech, ser coroado – diz Rayman Roussef horas depois.
- Eu não vou ser coroado – diz o príncipe serio.
- Você deve estar brincando! – fala Robocop Calheiros amedrontado.
- Não estou brincando, estou falando sério – diz o jovem robô.
- Então você vai deixar o trono para MetalGirl? – fala o Ministro da Casa Civil.
- Também não! – diz Evolutech sorrindo.
- Então, por favor, o que você vai fazer? – fala o Presidente do Senado.
- Primeiramente, irei indiciá-los por receber propina do meu irmão, em segundo lugar, promoverei a paz entre as resistências humanas e a sociedade robótica, escolhendo um líder humano para governar o mundo, afinal foi eles que nos criaram – conclui Evolutech abrindo um sorriso discreto.
- E assim o príncipe fez. Pela primeira vez desde a criação dos robôs, humanos e eles viveram pacificamente.
O destino dos dois corruptos foi ocupar a mesma cela de MetalWarer e ter a mesma sentença : enferrujar na prisão.
TEXTO ESCRITO PELO ALUNO LUÍS FELIPE GOMES MOLINA DA 6ª SÉRIE DA ESCOLA DINÂMICA, SISTEMA ANGLO DE ENSINO.

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