sábado, 8 de março de 2008

A introdução do texto dissertativo


A Introdução

“A introdução é o espaço onde se anuncia, se coloca, se promete, se desperta... Introduzir é convidar.” Edvaldo Boaventura

A reflexão – Primeiros olhares:

Antes de começar um texto dissertativo é necessário fazer uma leitura atenta da proposta para compreender o assunto a ser tratado e como conseqüência o seu tema e a partir daí formular uma tese defensável.
“Na introdução, define-se a questão, mostrando-se o objeto, situando-se o problema, despertando o interesse e decompondo os elementos”. Ao pronunciar as primeiras palavras ou ao escrever as primeiras linhas, deve-se definir a questão, uma vez que o leitor quer saber do que se trata.

1º Objetivo – A atração

A palavra INTRODUÇÃO tem origem latina: Intro (dentro) ducere (significa conduzir). Sendo assim, a nossa finalidade ao produzir um texto é conduzir o nosso leitor (interlocutor) para dentro do texto e para conseguirmos esse intento devemos atrair, seduzir...

2º Objetivo - A Sedução:

Cícero afirma: “O exórdio deve sempre ser cuidadoso, engenhoso, alimentado de pensamentos, ornado de expressões justas, sobretudo bem apropriado à causa. É o exórdio que dá uma idéia do resto do discurso e lhe servem de recomendação; é preciso pois que ele encante logo e ganhe os ouvintes”.
Podemos comparar a introdução a um trailer de cinema o qual nos apresenta, em poucos instantes, os elementos mais importantes do enredo e do conflito sem com isso apontar o final.

Técnicas de sedução:

Introdução Clássica:
Ela motiva por sua atualidade pois vai explorar o conhecimento de mundo do leitor através de um questionamento mais amplo, de um ponto de vista histórico, geográfico ou ideológico.

a) Percurso histórico: “Desde seus primeiros passos, o Brasil caminhou com dificuldade. A estratificação social, manifestada sobretudo no binômio senhores e escravos, explica os motivos de o Brasil ser hoje um país desigual e preconceituoso”.

b) Enumeração de elementos: Vestibulinho, vestibular, entrevista de emprego. Eis algumas das “catracas” pelas quais devemos passar no decorrer de nossas vidas.

c) Apresentação de dados estatísticos: Dados estatísticos indicam que nos países em desenvolvimento, entre eles a América Latina e Caribe, cerca de 36% das 182 milhões de gestações anuais ocorridas não foram planejadas e 20% delas resultaram em aborto. O difícil acesso a métodos anticoncepcionais e o número ainda insuficiente de serviços para o atendimento às mulheres em situação de violência sexual tem levado a gestações indesejadas e à realização de abortos clandestinos que predispõem as mulheres a óbitos maternos. O aborto é, atualmente, a 5a causa de óbito materno no Brasil. Por isso, mulheres e homens devem ter o direito de decidir livremente sobre sua sexualidade e reprodução, cabendo ao Estado propiciar informações e condições para que o sexo seja seguro e prazeroso. O casal deve ter filhos quando assim o desejar; e o Estado deve oferecer meios para evitar a gravidez indesejada, promovendo uma educação que possibilite uma escolha livre e informada.

d) Definição de termos implicados no problema: A globalização é a atual tendência de integração entre países do globo. Prova disso são os blocos econômicos, reunião de países que buscam maior integração comercial: União Européia, Nafta, Mercosul.

Introdução Questionadora:

Será mesmo o Brasil um país em que tudo vai bem? Será que realmente estamos no caminho certo? Será que a produção excepcional que demonstramos está realmente apresentando o quadro em que se encontra o país? Ou apenas acreditamos no que queremos?

Introdução provocativa:

- Ataca opiniões difundidas no senso comum, por mei9o de afirmações de impacto.
Um projeto chamado ingenuidade
O projeto do deputado Aldo Rebelo, a despeito da simpatia que possa despertar, revela-se fruto de extrema ingenuidade e de má compreensão do que seja a língua de um povo.

Introdução insinuante:

Sensibiliza o leitor por uma breve narração de um caso particular ilustrativo. Verificar exemplo da apostila.

Citação

Num famoso conto, chamado “A terra dos cegos”, H. G. Wells narra a luta de um homem com visão normal para persuadir os outros, todos cegos, de que ele possui a capacidade de ver. É inevitável que nos venha à mente o popular provérbio “Em terra de cegos quem tem um olho é rei”. Só que o herói de Wells fracassa. É tratado como um sonhador, um visionário, um louco. Afinal, há ou não um papel para a lucidez em nossa sociedade?

3 comentários:

♥ vic ♥ disse...

Muito interessante esse post!
Estou construindo um texto argumentativo, e ele me ajudou muito!!
Obrigada e parabéns
Victória

Anônimo disse...

Eu li esse post mas não consegui fazer minha introdução insinuante corretamente !Se possível, coloquem algum exemplo mostrando o modo melhor de se fazer uma introdução correta insinuante.Obrigado.

Anônimo disse...

Favor colocar um exemplo de introdução para facilitar nossas vidas!

CLUBE DA COMPUTAÇÃO

CLUBE DA COMPUTAÇÃO
Acesse www.clubedacomputacao.com.br.

Você é muito importante!

Sua participação é o motivo da existência deste blog.
Visite regularmente!